O objetivo de uma Universidade

O Homo Sapiens surgiu neste planeta, provavelmente na África, há cerca de
trezentos e cinquenta mil anos. Por meio de diferentes ramificações, a espécie
desenvolveu a capacidade de usar símbolos, a capacidade de falar e formar
grupos sociais e, finalmente, de aproveitar a tecnologia. Esse aspecto criativo do
Homo Sapiens acabou levando ao Homo Faber, ou seja, “fazendo o homem”.
Por causa de suas limitações físicas, Homo Faber teve que fazer coisas para
controlar seu ambiente. Roupas são inventadas para se aquecer, fogueiras para
cozinhar e casas construídas para morar. Houveram duas consequências
importantes decorrentes disso. Em primeiro lugar, o Homo Sapiens começou a
associar o mundo em termos de “coisas”, particularmente coisas que eles
fizeram.
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Em segundo lugar, isso levou a uma distinção entre trabalho e lazer que
não é compartilhada por outras espécies. Como as “coisas” eram tão
importantes, a atividade de fazer (chamada de trabalho) era valorizada em
detrimento do não fazer (brincar). Assim, hoje, há mais recompensas pelo
trabalho do que pelo lazer.
Esse impulso criativo (tanto de entender quanto de fabricar) foi fundamental para
a fundação das universidades. Desde o início houve uma tensão entre o papel
acadêmico e o papel vocacional que difere de país para país. As exigências do
mercado de trabalho são um fator preponderante na determinação do propósito
de uma universidade e até que ponto suas estruturas devem se alinhar às
demandas (políticas, econômicas, culturais, sociais) da sociedade? É importante
que as universidades sejam claras quanto ao seu papel, pois pode haver
consequências.

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